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"Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis."
Brecht

terça-feira, 28 de junho de 2011

"O arraiá do calote" e os rumos do movimento

Hoje mais de 6 mil trabalhadores em educação se reuniram no grande "Arraiá do Calote". É isso mesmo, a praça da Assembléia Legislativa se transformou numa grande festa minutos antes de ter início a Assembleia Estadual dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais. Bom, festa é modo de falar, todos sabemos que os educadores de MG não têm o que comemorar. Recebendo salário base de 369,00. Tendo seus direitos confiscados pela tal lei 18.975/10, que instituiu o subsídio como nova forma de remuneração, e ainda sendo tratados como miseráveis e ignorantes pelo secretariado do governo Anastasia. Não há de fato, o que comemorar. 
O "Arraiá do Calote" na verdade foi uma forma de protestar contra o governo de Minas Gerais que tem brincado com os educadores mineiros e que não enxerga com seriedade a educação de uma forma geral. Não foi atoa que muitas bananas e abacaxis foram distribuidos no arraiá, para lembrar as tantas bananas que os educadores têm ganhado do governador. Os abacaxis? Não é difícil inferir que se referiam ao nosso plano de carreira, que é um verdadeiro abacaxi. Onde já se viu um plano de carreira em que o servidor só tem reconhecida a sua escolaridade após 8 anos de ingresso no serviço público? Que um professor ao terminar o seu mestrado, só passará a receber por ele após 16 anos? Parece piada, mas não é. Esse plano de carreira existe, e é o plano da carreira da educação em Minas Gerais. Essa foi a herança do governador Aécio Neves para os educadores, um plano de carreira que não funciona  e que na prática se tornou um mecanismo de congelamento da vida funcional do servidor.  
Por todas essas razões, a categoria hoje resolveu manter a greve que se estende desde o dia 8 de junho, a decisão foi unânime. Foi aprovado ainda,  um calendário de mobilização que vamos  detalhar no final desse texto. 
A coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, fez importantes considerações quanto aos índices da greve e a postura do governo de Minas que já se mostra desgastado com o movimento. Ressaltou a importância de mantermos nossa mobilização e as estratégias de pressão.
Ao término da Assembleia, os mais de 6 mil educadores deram um abraço simbólico nos prédios da ALMG e do Ministério Público de MG, mandando um claro recado as essas duas casas: que cumpram com os seus deveres  e trabalhem de forma autônoma, e não como uma extensão da vontade do governador. Afinal, não é essa a finalidade dessas instituições.

Por: Adriano de Paula

Calendário de Mobilização:

29/06 9:30
Manifestação durante a Audiência Pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentaária da Assembleia Legislativa.
Será uma audiência pública que estará discutindo a Dívida do Estado com a União.
Convidados: Aécio Neves, Senador da República; Itamar Franco, Senador da República; Leonardo Lima, Secretário de Estado da Fazenda; Renata Vilhena, Secretária de Estado de Planejamento e Gestão. Participação de várias autoridades nacionais.
SAIRÁ ÔNIBUS DA SUBSEDE VENDA NOVA 
Av: Vilarinho, esquina com rua cascalheira. Ao lado da quadra da vilarinho às 8:00 da manhã, passando pela E.E. Três Poderes às 8:20 da manhã.
É importante que o plenário tenha muitos educadores para denunciarem o governo de MG. 

até o dia 05/07 – Atividades em todas as regiões do Estado com mobilizações e panfletagens, visando agregar novas adesões ao movimento.

06/07Assembleia Estadual, no pátio da ALMG, às 14 horas – Ato Unificado com os servidores da saúde. Neste dia também acontecerá o lançamento da Jornada Nacional pelo Piso (carreira e PNE), promovida pela CNTE e CUT. Será uma data marcada por mobilizações e paralisação em todo o país.

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