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"Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis."
Brecht

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Após reunião com o governo, a greve continua....

 No último dia 22 a coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, foi convocada para uma reunião com a secretária Ana Lúcia Gazzola para tratar da greve dos professores. Os resultados dessa reunião você pode conferir aqui

É importante que os profissionais não recuem agora. Estamos sob pressão, mas o governo também está pressionado e quer acabar com a greve.  Vale lembrar que nesta greve de 2011 nós já conseguimos o que não havíamos conseguido no mesmo período em 2010. Naquele ano, o início da greve foi marcado pela atitude do governo de  ignorar o movimento. Diferentemente, neste ano estamos na mídia desde a primeira semana de greve. O governo tem se pronunciado quase diariamente nos jornais. As secretárias de educação,  e de planejamento e gestão, se deram ao trabalho de publicar dois artigos em jornais de grande circulação, insultando os professores e a nossa inteligência, mentindo a nosso respeito. Isso é muito importante, porque mostra que o governo está incomodado com a greve que já atinge a todo o estado. Se nos mantermos em greve o governo passará as ameaças e então a propor negociações. NÃO PODEMOS RECUAR. O governo de Minas vê os professores como covardes e ignorantes, infelizmente. MENTE ao falar que nós já recebemos o piso, e ao dizer que não repomos as aulas no ano passado. O que é indignante,  porque todos sabemos dos tantos sábados passados em sala de aula,  particularmente, trabalhei  todos os sábados até o dia 30 de dezembro, para não dizer de  uma semana das férias de julho  e dos tantos feriados em sala de aula. Tudo com o objetivo de recompor a carga horária dos alunos. Além disso, a mentira das secretárias é tão absurda, que todos sabemos que o ano letivo não pode encerrar se a carga horária não for cumprida. Portanto, se não houve reposição, porque o estado encerrou o ano letivo? Será que o estado está descumprindo mais uma lei? Não caberia uma investigação do Ministério Público? Afinal, se fosse verdade a afirmação das secretárias, o estado estaria sonegando a carga horária de milhares de alunos, e onde está a Promotoria da Infância e da Juventude? Ao mentirem descaradamente sobre nós, a cúpula do governo mostra mais uma vez o seu desrespeito pelo professor. Precisamos assumir o desafio de fazer-nos respeitados como profissionais que somos.
 Nós merecemos mais! É importante salientar ainda,  que não estamos lutando  por aumento de salário, mas por CUMPRIMENTO DE LEI. Esse estado precisa aprender a valorizar e a respeitar o professor. Por isso, vamos nos manter firmes na luta, enfrentando o que vier. Vamos lembrar que juntos somos mais fortes, se  mantermos nossas estratégias conseguiremos  reverter qualquer ameaça de governo, mas se estivermos juntos. A hora é de deixarmos de lado as diferenças e pensar no que nos une, no que nos faz iguais: a grandeza da nossa profissão, versus, o processo de miserabilidade que nos é imposto pelo governo do estado.
Apenas em caráter de exemplo, vamos pensar no histórico da polícia militar. Esses foram por anos tratados com  desrespeito nesse estado, da mesma forma que são os professores, até que uma forte greve fez com que o estado modificasse a forma como eram vistos pelo governo. Com todos os problemas que nós sabemos que a PM enfrenta, há hoje, uma clara diferenciação na política salarial e de valorização que é praticada para esses companheiros de estado, e a política salarial praticada para educação. Que eles merecem, não duvidamos, mas a educação também tem o seu valor. 
Eles souberam impor o seu valor, e nós?

Por: Adriano de Paula

Indicamos o texto do professor Euler Conrado, que é muito esclarecedor sobre as Más intenções do Governo de Minas. Não deixe de conferir.

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