Os problemas do ensino público
Escolas Públicas: se aumentarem os muros viram manicômios, se colocarem grades nas janelas tornam-se FEBEM. Ok há exceções, escolas modelos não é?! Raras, em extinção ou milagres de cooperação de comunidades mobilizadas e pequenas células que aqui e ali pronunciam alguns lampejos de luz no doentio ambiente das comunidades escolares.
Tensão constante, ambiente pesado, ar muitas vezes irrespirável, fora os gritos de professores com nervos a flor da pele frente a indiferença mesclada com a ditadura da má educação, desrespeito e atitudes ameaçadoras de alunos, vestidos, transvestidos, coalhados de brincos, piercings, tatuagens, roupas estranhas, sensuais...
Tribos de nazistas, sádicos, CDFs e nerds, passando por usuários de drogas, promíscuos, tímidos, vitimas de bullying, aos violentos, aos covardes e silenciosos que mesmo maioria vai se deixando marginalizar para sobreviver ao ambiente ameaçador. Professores acuados, temerosos de um enfrentamento com as "gangues", sendo minoria e tendo "apenas o poder de ser autoridade" em meio a "vampirinhos" sedentos de sangue novo, já que para "pré ou adolescentes propriamente ditos" um dos prazeres históricos é contestar e contrariar AUTORIDADE e odiar o mundo dos adultos (professores, pais e família em geral).
A ditadura do "NÃO TÔ AFIM", "AI QUE SACO" e gírias novas acompanhadas de emburramento, mau humor e impaciência de qualquer papo "careta" dos adultos (loucos para voltar pros games e internets)
Pais? Aonde andam? Separados, indiferentes, sem tempo, acuados?! Ausentes na formação de seus filhos, omissos ao estabelecer limites, puni-los, resgatar o comando, elogiar, investir tempo, paciência na tentativa de relacionar com os filhos, dar um colo, um ombro amigo. Mas, não há treinamento e investimento no ser humano.
Seja professor, aluno, pais, acreditem: a degradação do afeto, a anestesia dos sentimentos, a banalização da violência, das drogas, do sexo, a miopia progressiva dos que percebem que o PARAPEDAGÓGICO por não ter sido valorizado, dizimou a vida, a alma das Escolas Públicas.
Hoje somos zumbis, vagando sem rumo, movidos há obrigações e deveres: faz de conta que o aluno aprende, pai participa e professores têm prazer de reconhecimento no exercício da mais antiga e nobre atividade humana: Ensinar!! Luto pelo fim das paredes, pelo fim dos quadros negros e carteiras! Luto por uma educação onde se aprenda com alegria, onde a base do caráter humano se forme, num ambiente prazeroso, estimulante e atraente.
Meu projeto chama-se ECO GAME ESCOLAS e venho apresentando tal proposta para empresas de 3º, 1º e 2º setor (o publico, o privado e empresas dispostas a investir em responsabilidade sócio-ambiental). COMPORTAMENTO e seus distúrbios não podem ser mais uma responsabilidade de educadores!!!
Eduardo Aquino
Jornal Super Notícias. Belo Horizonte, 26 de junho 2011
http://www.otempo.com.br/supernoticia/colunas/?IdColunaEdicao=5051
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