Educadores ocupam Auditório da Comissão de Fiscalização da ALMG |
O vigésimo primeiro dia da greve dos professores de Minas Gerais foi marcado por mais uma atividade de pressão sobre o governo do estado. Desta vez o palco foi o auditório da ALMG, onde estava previsto uma Audiência Pública na Comissão de Fiscalização. O objetivo da audiência era discutir a dívida do governo estadual com a União. Dentre os convidados, o ministro Guido Mântega, o senador Aécio Neves e a secretária de planejamento Renata Vilhena, dentre outros. Apesar de não terem sido convidados, mas imbuídos de um espírito democrático, já que aquela é a casa do povo, centenas de professores tomaram seus lugares, lotando o auditório, para o espanto dos deputados da base e de seus convidados. Tínhamos um objetivo, colocar em pauta um tema de igual ou maior importância: a dívida do estado com a educação pública.
Graças à falta de manejo político e ao desequilíbrio do presidente da comissão, deputado Zé Maia (PSDB), conseguimos mudar a pauta, ou melhor, conseguimos obstruir a pauta. Talvez a expressão mais adequada fosse: ACABAMOS COM A PAUTA. É isso mesmo, a audiência pública não pôde acontecer diante das manifestações dos professores que, com apitos, palavras de ordem, e faixas, exigiam em todo tempo que o estado explicasse porque o choque de gestão não conseguiu dar dignidade aos educadores e não resultou em melhorias para as escolas públicas estaduais. As centenas de educadores que ali estavam presentes tinham um objetivo claro: forçar os deputados a se posicionarem e cobrarem do governador o estabelecimento de uma mesa de negociações com a categoria, no sentido de implementar em MG o piso salarial nacional.
Deputado Diniz Pinheiro recebendo educadores |
Portanto, para os educadores mineiros, o momento é de mobilização e luta. Com o governo do estado sentindo-se pressionado, dando claros sinais de desgaste e até "desespero", o que se visualiza finalmente, é um resultado positivo à histórica luta dos educadores mineiros.
Será dessa vez? Isso dependerá apenas da coragem, persistência e disposição de luta que os aguerridos trabalhadores em educação demonstrarem nesse momento crucial da educação em Minas Gerais.
Firmes na luta!!
Por: Adriano de Paula
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