marcadores

"Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis."
Brecht

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Greve na Educação: a rede estadual de MG estará paralisada a partir do dia 08/06

 Indignação. Essa é a palavra que melhor define o sentimento dos professores das Escolas Estaduais de Minas Gerais. Após mais de quatro meses de muitas reuniões, o processo de negociação entre a categoria dos Trabalhadores em Educação e o governo mineiro mostrou-se esgotado diante da recusa sistemática e ilegal - já que reinvindica-se o cumprimento de uma lei federal - do governo de Minas em implantar o Piso Salarial Nacional dos Professores.
Não bastasse a inércia dos gestores, a categoria ainda teve que engolir, a seco, os representantes do governo afirmarem que o piso já é pago em Minas Gerais através do Subsídio (nova forma de remuneração imposta pelo governador Anastasia em 2010, com o intuito de tentar enganar, retirar benefícios históricos dos profissionais e fugir da obrigatoriedade do pagamento do Piso Nacional). Vale lembrar, que a lei federal que institui o Piso Nacional, foi questionada por alguns estados, que entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal. A Suprema Corte, porém, decidiu no dia 27/04/2011 pela COMPLETA CONSTITUCIONALIDADE DA LEI, e mais, o STF decidiu ainda, que os governos devem entender o piso como o vencimento básico de um professor, excluindo-se aí todas as suas gratificações e demais benefícios. Portanto, em Minas o sistema de subsídio não pode ser considerado, por lei, como Piso, uma vez que o subsídio é a composição de TODA a remuneração do trabalhador (vencimento básico + vantagens + gratificações). Isso nos mostra mais uma vez, que o governo de Minas não cumpre a lei, temos um governador fora da lei. Além disso, é um governo que falta com a verdade, mente a sociedade e a imprensa, portanto, carece de credibilidade.
Diante de tanto desrespeito e da falta de compromisso do Governo de Minas com a educação, aos educadores mineiros não restou outra alternativa, senão, a deflagração de uma nova GREVE que iniciará no dia 08/06 sem data para terminar. Sim, greve por tempo indeterminado, e não é  pela intransigência da direção sindical, e nem pelo desapreço do professor pela sala de aula ou pelo seus alunos. Mas uma greve cujo o único responsável é o governo do Estado que por anos deixou de priorizar a educação, sucateando o ensino e a profissão docente. Fazendo das escolas, depósitos de crianças e do professor uma ferramenta barata e descartável.

Por: Adriano José de Paula

Passeata da Educação no centro de Belo Horizonte mais de 5 mil trabalhadores 31/05
Trabalhadores em Educação em Assembléia 31/05

3 comentários:

  1. Caro Adriano,

    Pergunto: Quais são as prioridades dos nossos governos? Isso mostra que o processo educacional (longe de ser descrito unicamente em duas palavras) também é classista!

    Fraterno abraço

    ResponderExcluir
  2. vamos continuar a greve!Aqui em Araçuaí estamos parados, do 6º ao 3º ano médio, esperamos que todos paralisam também. Vamos buscar os nossos direitos!

    ResponderExcluir
  3. A educação esta na corda bamba, e estamos vivendo o caos educacional, discute-se números, como fazer nossos alunos alcançares os índices que o governo estipula, mas esquece-se que a educação é corpo a corpo, aluno e professores, o dia a dia nas salas de aulas.no entanto, estamos vendo professores dilacerados, doentes, que deixaram seus sonhos para trás por causa de um sistema educacional falido... a culpa é de quem? Quando perdemos a capacidade de lutar pelos nossos ideais, pelos nossos direitos e aceitamos imposições de um governo classista que não prioriza a educação, baluarte do progresso, vamos mal das pernas.

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...