Hoje o portal UAI, destacou a seguinte notícia: " Professor substituto pode ser salvação". A matéria trazia a fala da secretária de educação, que acusava o sindicato de intransigência nas negociações. Trazia também a fala de alguns pais e alunos reclamando dos prejuízos. Para solucionar o problema a secretária Ana Lúcia Gazzola disse está estudando judicialmente medidas para minimizar o prejuízo aos alunos.
Algumas questões precisam de reflexão. Primeiro, quando o governo fala em intrasigência do sindicato, não está ligando o nome a pessoa. Estou acompanhando a greve desde a sua deflagração e o que vi até o momento foi o governo em uma posição extremamente intransigente, dizendo que não negociaria com grevistas. Em 62 dias de greve apenas duas reuniões de negociações foram feitas, isso após muita pressão da categoria. Mesmo assim, nas reuniões a secretária insistia em dizer que não negociava o Piso Nacional, motivo primeiro da greve, visto que é uma lei federal que Minas ignora.
Desta forma, não há como se falar em intransigência do sindicato, mas em incoerência da secretária. Desde o início, a estratégia do governo em relação a greve foi de ignora-la e não reconhecer como problema Por isso a greve se estendeu tanto. Irresponsabilidade do senhor Anastasia e sua trupe.
Desta forma, não há como se falar em intransigência do sindicato, mas em incoerência da secretária. Desde o início, a estratégia do governo em relação a greve foi de ignora-la e não reconhecer como problema Por isso a greve se estendeu tanto. Irresponsabilidade do senhor Anastasia e sua trupe.
A greve prejudica alunos, prejudica também aos professores que estão sem os salários e também farão a reposição aos sábados feriados e férias. Portanto, ninguém está brincando de fazer greve. Se a categoria insiste no movimento, certamente não é para se divertir. Afinal, qual trabalhador vai querer perder seus salários e suas férias?
No que diz respeito a substituição de grevistas, o governo sabe que não pode faze-lo. A lei é clara em dizer que trabalhador em greve não poderá ser substituido. O governo encomendou a matéria no jornal exatamente para tentar maquiar a situação e colocar os pais contra os professores, tenta com isso transferir aos professores uma responsabilidade que exclusiva do governo estadual. Um mínimo de senso crítico porém, revela que um governo que demora 50 dias para iniciar o diálogo com a categoria em greve, é no mínimo irresponsável. Sem falar que nenhum trabalhador, pai de família pensa em receber um vencimento básico de 369,00 e de 550,00. Porque o professor tem que receber calado? Professor também tem família, não é mesmo? É preciso lembrar-se disso.
Para contratar professor substituto, primeiramente a greve precisaria ser declarada ilegal, só aí, talvez, poderia seguir a contratação. Fora isso, nada poderia ser feito. Mais uma manobra desse governo imundo. É preciso estar atento. O governo está pressionado e tenta passar essa pressão para os professores. Os trabalhadores em educação não podem aceitar isso, ou o governo implanta o piso, ou vai ter que arcar com o ônus das escolas paradas.
Lamentamos o fato dos alunos estarem prejudicados em função da paralisia do governador Anastasia. Porém, infelizmente, a greve é única forma que os educadores tem para tentar sair da miséria que esse governo os impõe. É importante lembrar que estamos falando de trabalhadores com nível superior recebendo vencimentos básicos de R$550,00, quando existe uma lei que proibe tal situação.
A luta dos professores deveria ser de toda a sociedade, pois uma escola com profissionais na miséria, não tem qualidade, é apenas engôdo, é maquiagem.
A luta dos professores deveria ser de toda a sociedade, pois uma escola com profissionais na miséria, não tem qualidade, é apenas engôdo, é maquiagem.
O governo fala em contratar substitutos, mas todos sabemos que hoje faltam professores no estado, assim como no Brasil. De onde virão os substitutos? É claro que serão estudantes e talvez, profissionais de outras áreas que se aventurarão ensinando os filhos da população que depende da escola pública. Será que é isso que os pais querem? "Professores" tampões? "Professores" que não são professores? Será que isso também não prejudica quem vai prestar vestibular? A tal federação de Pais, encabeçada pelo senhor Mário de Assis não vai se manifestar quanto a isso? Acho que não. Até porque a tal federação só aparece em períodos de greve. Se omitiu quando o governo retirou matérias do ensino médio e em outras situações cruciais na vida no nosso alunado.
Talvez o melhor, mais eficaz e mais simples, fosse o governo sentar com os grevistas e negociar o pagamento do piso, logo, o cumprimento da lei. Certamente, essa última deveria ser a atitude de um governo que prima pela educação. Não é o caso do governo de Minas, que mais uma vez mostra como trata a educação e a escola pública: com improviso e com descaso.
Talvez o melhor, mais eficaz e mais simples, fosse o governo sentar com os grevistas e negociar o pagamento do piso, logo, o cumprimento da lei. Certamente, essa última deveria ser a atitude de um governo que prima pela educação. Não é o caso do governo de Minas, que mais uma vez mostra como trata a educação e a escola pública: com improviso e com descaso.
É preciso por fim a greve, mas com soluções para o caos da escola pública e dos salários dos professores. Não com mentiras, manobras e "vernizes". É preciso solução. Sem isso greves acontecerão todos os anos, rotineiramente. Queremos solução, queremos o cumprimento da lei 11.738/08. Queremos o piso salarial nacional da educação.
Por: Adriano de Paula
É isto aí, Adriano, não queremos embromação, uma solução paleativa.
ResponderExcluirQueremos o piso salarial nacional da educação, queremos o cumprimento da lei 11.738/08.
Será meu Deus que estamos pedindo muito????
Este governo é autoritário, se julga acima da lei, não é possível que uma coisa destas aconteça e a justiça nada faz!!