Ao anunciar a contratação de "professores tampões", para substituir temporariamente nas turmas de 3º ano os profissionais que estão em greve, o governo de Minas atestou seu descaso com a educação, seu descompromisso com a juventude e com o ensino público.
Basta um mínimo de senso crítico para saber que se o governo quisesse resolver o problema da greve era tão somente cumprir uma lei federal, e implantar no estado o Piso Salarial Nacional. Essa medida acabaria com a greve em todos os níveis de ensino e traria a normalidade a todas as escolas do estado, não somente no terceiro ano do Ensino Médio. Ao contrário, o governador Anastasia prefere assumir uma postura belicosa e beligerante. Prefere travar uma queda de braço com os professores sem objetivo de acordo, o único objetivo é derrota-los.
Dessa forma, o governo de Minas coloca em risco o ano letivo dos alunos do primeiro ao nono ano do ensino fundamental , bem como, do primeiro ao terceiro ano do ensino médio. É fato, o terceiro ano do ensino médio também está comprometido. Alguém acha que o governo irá encontrar 3 mil professores de uma hora para outra? Além disso, todos sabemos que a maioria das contratações serão de pessoas sem formação específica para lecionar as disciplinas que serão cobradas nos vestibulares e no ENEM.
Dessa forma, o governo de Minas coloca em risco o ano letivo dos alunos do primeiro ao nono ano do ensino fundamental , bem como, do primeiro ao terceiro ano do ensino médio. É fato, o terceiro ano do ensino médio também está comprometido. Alguém acha que o governo irá encontrar 3 mil professores de uma hora para outra? Além disso, todos sabemos que a maioria das contratações serão de pessoas sem formação específica para lecionar as disciplinas que serão cobradas nos vestibulares e no ENEM.
Não se iludam! O governo mais uma vez passa um verniz na situação. Passa a imagem de normalidade, mas na verdade faz apenas uma maquiagem. O triste é que podem haver pais e alunos aplaudindo isso. Coitados! Mais uma vez vítimas de um governo sorrateiro e enganador.
Ficam alguns questionamentos: e os alunos do primeiro ao nono ano do ensino fundamental? E os alunos do primeiro e segundo ano do ensino médio? Continuarão sem aulas apenas por um capricho do governador? Onde estão os pais que não vão cobrar isso do estado? Onde está a Federação de Pais que cobra o fim da greve, mas não se posicionou quando o estado retirou disciplinas fundamentais da grade curricular do Ensino Médio? Será que a Federação de pais representa apenas o terceiro ano do ensino médio? Porque ninguém ainda falou que o presidente da tal federação de pais sequer tem filhos em escola pública?
Hoje na Assembleia Estadual dos Trabalhadores em Educação, vimos muitos alunos e também pais de alunos pegando o microfone para expressarem seu apoio aos professores em greve. São pessoas conscientes que não deixaram de falar do prejuízo que a greve traz aos alunos, mas que entenderam que o grande algoz da escola pública que compromete o futuro da juventude mineira é o governo de Minas. Isso porque é um governo que desrespeita a educação e aos educadores, trata com descaso o ensino e não resolve um problema fundamental do ensino público, a remuneração do professor.
As "soluções"apresentadas pelo governador, podem no máximo atentar contra essa greve, mas, se não houver solução definitiva os próximos anos serão de greves e mais greves. E aí? Contrataremos tampões todos os anos? Os alunos perderão dois meses de aula todos os anos?
As "soluções"apresentadas pelo governador, podem no máximo atentar contra essa greve, mas, se não houver solução definitiva os próximos anos serão de greves e mais greves. E aí? Contrataremos tampões todos os anos? Os alunos perderão dois meses de aula todos os anos?
É preciso que a sociedade avalie o que de fato quer para os seus filhos e para a juventude. Se um futuro certo com bases sólidas, ou apenas tampões, castelos de areia.
Por: Adriano de Paula
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