Maus exemplos na política não faltam no Brasil, infelizmente. A cada dia engrossam as fileiras dos políticos que viram notícias por casos de corrupção, por omissão as demandas sociais e pelo seu mau comportamento como homens públicos.
No caso de Minas Gerais, específicamente da ALMG, não tem sido diferente. Já a algum tempo temos nos deparado com um legislativo omisso, subserviente e descomprometido com as causas imediatas da população mineira. Exceções existem, é claro, mas infelizmente são cada vez mais raras exceções.
As Casas Legislativas deveriam ser, por definição, um espaço onde a participação e a presença da população fosse incentivada, e não somente tolerada. Não é o que vemos na ALMG, onde todas as vezes que as galerias são ocupadas pelos cidadãos, fica nítido o desconforto e até mesmo a intolerância de grande parte dos deputados. Diante das cobranças feitas aos ditos "representantes do povo", a reação é a pior possível, da indiferença de alguns até agressões verbais, com palavras de baixo calão, feitas pelos "senhores de terno e gravata".
No dia 29 de junho, os trabalhadores em educação participavam de uma Audiência Pública na ALMG que discutia a dívida de Minas com a União. Na ocasião, o deputado Zé Maia (PSDB) presidia a comissão e incansavelmente disparou contra os presentes, chamando-os de desiquilibrados e sugerindo inclusive que os educadores haviam usado substâncias ilícitas. O deputado fez questão de salientar que podia falar por que tinha imunidade parlamentar. Outro exemplo do desrespeito dos deputados, fantoches do governo de Minas, foi o episódio esdrúxulo do deputado Jairo Lessa (DEM), de cima do plenário mandando um professor tomar em "lugares indevidos", esse episódio ocorreu no dia 13 de Julho no plenário da Casa e foi presenciado por mais de 300 educadores e dos deputados que participavam da sessão.
Mas parece que o deputado Antônio Genaro (PSC) não queria ficar para trás, e também somou-se aos que descaradamente desrespeitam os cidadãos mineiros. Questionado sobre o fato de nunca se posicionar a favor dos trabalhadores, e pela sua nítida ausência nas discussões na ALMG, o deputado e também Pastor Presidente da Igreja do Evangelho Quadrangular em MG, destilou o seu veneno. Genaro desdenhou dos professores dizendo que faria um teste para saber se quem ocupava as galerias eram mesmo professores. O "pastor deputado", ou "deputado pastor", enfim, Genaro leu meia dúzia de palavras de "um português arcaico e clássico", segundo o próprio, e ao final concluiu que se os professores nada entenderam é porque são analfabetos. Leia aqui a fala do deputado
Fica a pergunta, será que Genaro também fala um português obscuro no momento de recolher os dízimos? Como membro da sua igreja que fui por mais de 20 anos, afirmo que não. Gostaria de entender a lógica de um pastor, de uma igreja que atende a inúmeras comunidades carentes, em não defender a valorização de profissionais que lidam diariamente com o futuro das crianças dessas comunidades. Pior, os agride e os desrespeita.
No ano passado, um grupo de professores compareceu por diversas vezes ao gabinete do deputado, buscando apoio e diálogo para tentar por fim a uma greve que se estendia por mais de 40 dias, o deputado nunca foi encontrado. Me pergunto incessantemente: onde estão os projetos apresentados por Genaro em mais de 20 anos como deputado estadual? Ninguém sabe. Dos poucos que existem, sejamos sinceros e passemos avaliar a relevância desses projetos. É escandaloso saber que alguém que a mais de 20 anos ocupa um gabinete na ALMG, é notado apenas pela sua má conduta, desrespeito e deserviço a população mineira. Alguém que não soma, não faz a diferença, que é apenas mais um.
No ano passado, um grupo de professores compareceu por diversas vezes ao gabinete do deputado, buscando apoio e diálogo para tentar por fim a uma greve que se estendia por mais de 40 dias, o deputado nunca foi encontrado. Me pergunto incessantemente: onde estão os projetos apresentados por Genaro em mais de 20 anos como deputado estadual? Ninguém sabe. Dos poucos que existem, sejamos sinceros e passemos avaliar a relevância desses projetos. É escandaloso saber que alguém que a mais de 20 anos ocupa um gabinete na ALMG, é notado apenas pela sua má conduta, desrespeito e deserviço a população mineira. Alguém que não soma, não faz a diferença, que é apenas mais um.
Talvez Antônio Genaro esteja mais preocupado em preparar seus sermões vazios. Digo vazios porque é sabido de todos que, de nada adianta toda a sabedoria do mundo, toda a beleza das palavras se a prática nos condena.
Por: Adriano de Paula
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